17 agosto 2008

Europa para aventureiros

Logo depois de Porto (vão ter que ficar espertos para acompanhar as histórias) pegamos inúmeras caronas com o objetivo de chegar em Santiago de Compostela (não sabe onde fica? "Google it"). Ficávamos às vezes apenas de 20 a 30 minutos em cada carro, e já tínhamos de trocar a carona. Vantagem? Todo português que abria as portas (literalmente) do carro queria mostrar um pouco de Portugal para a gente. Foram doces, cidades e praias que conhecemos em apenas um dia de viagem a custo zero, é claro!
Cruzamos a fronteira (Portugal para Espanha) com um brasileiro num carro "todo poderoso" na época que fez a gentileza de voltar boa parte do caminho para que pudéssemos trocar o dinheiro (para aqueles desinformados, o euro como moeda única na Europa só existe há poucos anos) já que era sexta-feira e não tínhamos nada da moeda local. Meu irmão, muito inteligente, trocou o dinheiro enquanto eu esperava no carro. Adivinhem!? Levou dólar e voltou com moeda portuguesa e não espanhola! Vimos e ficamos quietos! Fazê-lo voltar de novo não ia ser legal... Depois ainda pegamos carona com um veterinário que nos levou bem próximo de uma cidade pequena (não me recordo o nome) e nos deu na época o equivalente a 50 dólares para jantarmos mais tarde. Chegamos à cidade (à pé, depois de uns 7 kilômetros andando - lembrem-se que tínhamos malas para carregar, no caso mochilões mesmo) e não sabíamos onde dormir (as palavras "hotel" e "albergue" não constavam no nosso vocabulário de possibilidades de encontrar cama; apenas parques, bancos de praças, etc.). Um casal que conhecemos no parque ao entrarmos na cidade nos levou no convento e disse que éramos peregrinos, e as freiras nos ofereceram cama, comida e banho! Uma banheira maravilhosa! Quem não, ousa não ganha, não! Tudo bem que fomos acordados às 6 horas da manhã do dia seguinte com as freiras rezando em altos falantes dentro do quarto, mas aí já era outro dia e a aventura continuava!

by Lise