16 abril 2009

Buenos Aires - Março 2009


Acabei de voltar de Buenos Aires, dia 28 de março. Foram 2 semanas de curso de espanhol com o meu marido na capital da Argentina. Era para ser um curso de 4 horas semanais de segunda a sexta-feira, mas como nos níveis que entramos não havia outros alunos, foram 2 semanas de aulas particulares para cada um de nós (2 horas por dia). Muito show!


Escolhemos Buenos Aires primeiro porque é América Latina, e eu ainda não conhecia, segundo porque o transporte aéreo até lá é barato (gente, aproveitem! Pagamos 650 reais cada um, ida e volta, já com as taxas de embarque todas incluídas, saindo de Curitiba). A cidade não achei tudo isso que falam... é parecida com Curitiba, então talvez seja isso. Ou também porque eu esperava que as pessoas usassem roupas chiques, esperava ver glamour em todo lugar, etc., e não vi isso. Agora, o modo como falam espanhol é muito diferente dos outros lugares e eu gostei. Não sei, mas acho que lembra um pouco o francês, uma certa “frescura” ao enrolar a língua. :-)


Ficamos hospedados em albergue, mas escolhemos o quarto duplo para não termos que dividir banheiro e quarto com mais ninguém. Já foi a época de dividir banheiro com mais 5 pessoas né? Agora, o lugar era show de bola! Super novinho, todo reformado com até sala de cinema cheia de pufs e com um telão bem grande. Sem contar que tinha até 12 computadores com internet para o pessoal usar sem custo algum. Ah sim, e as festas né? Quem quer festar não tem melhor lugar que Buenos Aires, e ficar num albergue grande só vai facilitar ainda mais. Eles organizavam festas praticamente todos os dias: ou levavam em pubs e nights, ou ali mesmo tinha DJ e “balada”. Isso sem contar que tem gente do mundo todo. Excelente lugar para se praticar o inglês viu? Não parece, né? Mas é! Nós mesmo conhecemos 1 casal da Alemanha que não entendia nada de espanhol (mas iam aprender nos 6 meses que iam ficar lá), uma francesa que falava mais que a boca (e que morava na Inglaterra) e adorava o Brasil, um casal inglês que no começo eu não entendia uma palavra do que ele falava mas que eram super legais.... e assim vai. Espanhol era mais na escola mesmo e com o pessoal dos restaurantes, bares, ruas, etc.


Agora, o mais divertido do albergue foi o elevador mesmo. Bem, para começar o negócio era super, mega, antigo, assim como toda a cidade. A gente tinha que abrir e fechar tudo (as portas) manualmente se não ele não funcionava de jeito algum. Sem contar que mesmo cabendo umas 6 pessoas, podia entrar no máximo 4. Bem, imaginei que isso fosse exagero demais, até porque cabia de boa mais gente dentro do elevador, e imagina um albergue com 300 pessoas, 10 andares e somente 2 elevadores. 4 pessoas por vez em um elevador fica difícil né? Pois é!


Entramos no elevador eu e o meu marido, e lá dentro já tinham 2 pessoas (brasileiras porque não tem como não saber quando a pessoa é brasileira, e não adianta perguntar porque, mas ao viajar você vai ver como é fácil reconhecer a gente mesmo) mega gordinhas (desculpe, mas eram mesmo). Entrou mais uma menina depois da gente, também gordinha. Fechou a porta e esperamos. Já fazia 10 dias que estávamos lá então esperamos o elevador andar.... e nada. Ele só fazia barulho e nada de se mexer. Parecia ranger os dentes, ou melhor, as engrenagens, e nada de subir. Bem, aí falei né?: “olha, o máximo de pessoas são 4 e não 5, veja aqui a plaquinha dizendo isso”, em inglês, é claro. (nessas horas é melhor manter tudo no anonimato, pelo menos o país né?). E ela: “gostaria de saber como o elevador vê que são 5 e não 4 pessoas aqui dentro” em inglês, porque ela não era brasileira, e saiu. Coitado do elevador. Não é questão de “ver”, e sim “sentir”. ;-)


Evelise Hubner